Qual óleo é mais apropriado usar em carros com alta quilometragem?

É necessário ficar atento ao teor da viscosidade, que pode fazer a diferença na hora de trocar o lubrificante do veículo.

Para manter o carro em boas condições após a compra é de extrema importância levá-lo às revisões. Nessas manutenções, que geralmente devem acontecer a cada 10 mil km ou após o período de um ano, há itens que precisam ser inspecionados e outros, trocados. O óleo do motor é um deles. Porém, qual tipo de lubrificante deve ser usado em cada revisão? Isso muda para carros com mais quilômetros rodados?

Otávio Campos, coordenador técnico de lubrificantes da Shell Brasil, explica que tudo depende do estado do automóvel. A alta quilometragem não quer dizer necessariamente que o veículo está em mau estado e precisa de um lubrificante específico. “Se o carro tiver um bom histórico de manutenção e não apresentar sinais de desgaste, deve-se seguir o que é recomendado no manual do proprietário.”

De acordo com Campos, ao desenvolver o projeto de um novo automóvel, a fabricante define as especificidades do motor e também a viscosidade do óleo ideal para cada situação. Assim, a consulta ao manual, bem como a análise do estado do veículo por um profissional, é essencial em tais trocas.

Quando se comprova o desgaste do automóvel, lubrificantes mais viscosos são recomendados. “Esses óleos conseguem preencher o espaço entre os componentes do motor que tendem a aumentar em função do desgaste. Além disso, esse tipo de lubrificante tem um pacote de aditivação diferenciado para garantir mais resistência à oxidação e maior poder de limpeza.”

Mas ainda é possível encontrar lubrificantes compatíveis e atuais para carros antigos? Campos explica que os lubrificantes atuais, além de prever a evolução dos motores, consideraram a compatibilidade com motores mais antigos. Então, mesmo que o automóvel seja fabricado há mais tempo, é possível achar óleos compatíveis com sua motorização.

 

Como saber a viscosidade de cada óleo?

Quanto maior for a numeração indicada na embalagem, maior é a viscosidade do óleo. Existem produtos monoviscosos, que possuem apenas um número em sua mediação: "30" ou "10W" (a letra W indica a viscosidade do lubrificante em baixas temperaturas). Há também os multiviscosos, que podem ser representados por dois números: "5W20", por exemplo. Nesse caso, o numeral que fica na frente da letra W é o que sinaliza a viscosidade do óleo quando a temperatura do motor está baixa. Já o número antes do W é referente à viscosidade do lubrificante em temperaturas mais altas.

Fonte: https://autoesporte.globo.com/